Há um tempo que tenho
guardado este post e acredito que este talvez, seja o momento mais propício em
publicá-lo. É... Semana Santa, aquele momento que muitos cristãos católicos
fazem reflexões sobre o perdão, mas a real é que a gente precisa ser honesto consigo
mesmo: nem sempre é fácil perdoar. Ou ao menos não sentir mágoas, aquela
tristeza por ter feito algo de bom para alguém e receber em troca a
indiferença, grosseria ou até mesmo algo mais grave: aquele ser que quando mais
precisou de ti e tu ajudou, praticamente ajudou a salvar a sua vida te
apunhalar pelas costas, caluniar, tentar puxar teu tapete, te humilhar, enfim,
te prejudicar de algum modo.
Eu, particularmente e,
ciente de que não sou exclusividade, já tive que lidar bastante com a popular
ingratidão. Sabe, você confiar, se doar para uma pessoa e depois ela fazer de
tudo para te prejudicar? Admito, senti ódio (sinto de alguns ainda, não sou
nada good vibes). Admito, não sou uma pessoa do tipo perdoadora (nem mesmo
quando professava a fé cristã) e logo depois da ira, me vem uma tristeza muito
grande, uma ferida difícil de cicatrizar.
No entanto, refletindo
sobre os fatos e parando para pensar exatamente acerca desse tema me veio a
pergunta: “Por que nos importamos tanto com a ingratidão?” Eu mesmo me vi
perguntando o porquê eu senti tanto se, naquele momento de desespero que dei o
máximo de mim para ajudar aquelas pessoas, não consegui pensar em nada além
de... ajudá-las, tentar resgatá-las.
E o fato de terem
aceito, talvez já tenha sido um bom ato da parte delas, mesmo que egoísta.
Porque meus caros, há gente que pode estar na merda, mas é tão orgulhosa que
não aceita ajuda de ninguém. Ou seja, se ela aceitou e retribuiu da pior forma,
aí é com ela, para nós se torna, ou pelo menos deve se tornar, irrelevante.
Porque na MINHA consciência, o apoio, a ajuda devem ser atos genuínos. Apoiar
pessoas que nos eram caras em seus momentos de dor, desespero, não deve ser uma
permuta. É claro que não há nada mais confortante do que uma pessoa grata,
contudo, não é algo que tenhamos autoridade para impor. Não devemos ajudar as
pessoas criando expectativas, pensando em como elas agirão depois quando
estiverem bem. Devemos pensar que fizemos aquilo que acreditávamos ser o
correto e não há nada mais gratificante do que isso: Sermos nós mesmos, em
nossa mais pura essência.
Óbvio que não estou me
referindo a qualquer tipo de relação abusiva (sim, há amizades extremamente
abusivas), desses seres (nada) humanos devemos nos afastar completamente e, se não
der para evitar o convívio, procurar manter o máximo de distância possível.
Não estou aqui pregando
para se doarem e se doarem e aceitarem a ingratidão como algo absolutamente
normal e se tornarem verdadeiros capachos de manipuladores. Esses daí, devemos
colocar em seus devidos lugares que seja bem longe de nossas vidas.
Só estou dizendo que não deem, por favor, o poder a essa gente de matar a empatia que existe
em vocês. Sempre haverá alguém que saberá, não retribuir, mas ser luz para ti independente
do que tenha feito e com a qual poderá contar, afinal, a vida é uma constante
Lei do Retorno e ciclos das voltas que o mundo dá, demorados ou não.
E, meus caros, estejam
certos, só pessoas que são luz é que tiveram que provar do gosto amargo da
ingratidão em suas vidas.
Mi F. Colmán
Não posso sair daqui
sem antes agradecer o carinho de sempre da linda amiga Chica, a Marina e o
Toninho que além de me apoiarem e me desejarem tudo de melhor neste 2018,
quero que saibam que os desejos são recíprocos e que pode não parecer, mas lhes
tenho eterna gratidão por estarem sempre aqui por mim.
Ótima postagem, fizeste uma bela e lúcida reflexão.
ResponderExcluirÉ como um artigo que li tempos atrás, e que adotei para a vida: "Quando você dá um presente e a pessoa não aceita, o presente fica para quem? Para você, claro". O que a pessoa faz com o que a gente fez por ela, não é mais problema meu, então o que vale é isso. Eu fiz um bom ato, tive boa intenção, fiz minha parte. Cada um dá o que tem de melhor, se a pessoa foi ingrata, o problema é dela simplesmente.(Excetuando as relações abusivas que, como você descreveu, não deve-se admitir mesmo). Temos de saber a hora de insistir e a hora de se afastar porque já deu.
Abraços e grata pela menção ao meu nomezinho na postagem!
Tenha uma linda Páscoa!
Esse tema gratidão é importante.; U*m sentimento que faz bem pra todos e temos que valorizar gestos, atos ainda que pequenos que recebemos. Obrigadão pelo carinho e desejo uma Páscoa bem alegre e feliz! bjs, chica
ResponderExcluirMi querida, que texto justíssimo e apropriadíssimo para o ingresso na Semana Santa!
ResponderExcluirLindas linhas e você continua escrevendo belíssimo, mesmo com todos os novos afazeres da Universidade e demais projetos que exigem muito de você!
A Ingratidão sempre vai nos rondar e nos fazer perecer, se a gente deixar!!
Por isso querida, o melhor a fazer é esquecer, não guardar mágoas, sacudir a poeira e deixar os " ingratos" para trás...
Continuo sendo sua fã viu? Mesmo que o tempo e a distância sejam infindaveis, mas de uma grande escritora a gente nunca esquece!!
Se cuida muito, de si e de seu coraçãozinho generoso para não sofrer por quem não mereça ok?
Um super beijo menina liinda!! :)))
Maravilhosa Semana Santa!!
Olá, querida Mi!
ResponderExcluirTenho sentido muito sua falta mas sei respeitar seu silêncio.
Seja muito feliz e abençoada nesta Páscoa junto aos seus amados!
Bjm festivo de paz e bem