Olá gente! A pessoa “finada” aqui ressuscitou. Então...
Não vai ser tão fácil assim vocês "se livrarem" de mim. Sem
trocadilhos de mau gosto, sou um fantasma que vez em quando tem surgido e
assombrado a blogosfera.
Na verdade, eu tenho tantas, mas tantas coisas
para contar! Tantas realizações, conquistas, revelações, resenhas de séries e
livros e também desabafos. É impressionante como aconteceu justamente o
contrário do que eu imaginei que aconteceria ao entrar para a universidade. O
meu gosto pela leitura e escrita despencaram consideravelmente nesses anos de
vida acadêmica. Sabe aquilo que condenamos de tornar a leitura um fardo para as
crianças? Bem... a universidade não tem sido diferente. Aliás, nada que é imposto
e possui prazos pode ser prazeroso, não é mesmo? No entanto, me desculpem
divagar, isso é assunto para outro post.
Vale ressaltar que surgiu em minha vida uma
orientadora incrível que me trouxe "de volta à vida" ao mundo
literário e até mesmo me incentivou a escrever sobre o assunto em meu TCC que,
já estava "decidido" ser sobre Educação Inclusiva e Múltiplas
Inteligências. E é graças a motivação que ela me deu que estou aqui, diante da tela, escrevendo
novamente para vocês depois de um único post esse ano. Se gostam dos meus escritos,
agradeçam à ela.
É... de fato. Estou postergando falar do dia de
hoje não?
Hoje, 02 de novembro, aqui no Brasil, é um dia
reservado para lembrar daqueles que partiram.
Muitas vezes afirmei que esse dia era como uma
"comemoração" do fim da vida, mas na verdade, não há comprovações
científicas se é realmente um fim ou um novo ciclo. Como diz o ditado
"Ninguém nunca voltou para contar", rs. Eu sei que espiritualistas,
como eu, discordam.
E esse pensamento espiritualista, apesar de nos
trazer certo acalento, acredito que não amenize a dor de nossos lutos como
alguns imaginam, afinal, separações, sejam de que modo for, são sem exceção,
extremamente dolorosas.
Hoje é o dia de recordar meu avô que sempre foi
a grande inspiração da minha vida, o qual carrego com honra seu sobrenome por
opção e que o câncer o levou.
Um amigo que foi levado pelo mesmo motivo.
Três que desistiram da vida aqui na Terra e
conseguiram.
Outro cheio de vida que morreu em um trágico
acidente de carro...
Por mais que tenhamos consciência que a vida é
um emaranhado de chegadas e partidas, nunca estamos preparados para as últimas.
Aliás, morte, luto, separação são temas que evitamos abordar no dia a dia;
Evitamos porque tememos. Porque não queremos
aceitar a ideia de que essas pessoas que estão agora conosco, abraçando,
dançando, cantando, discutindo, brigando, bebendo, comendo, sorrindo podem não
estar mais em presença amanhã e delas teremos apenas as lembranças.
É... eu não queria MESMO falar sobre o dia de
hoje, talvez muitos de vocês tampouco queiram ler, ouvir, escrever ou pensar
sobre isso.
Porém, como disse, é inevitável.
Deixo aqui o trecho da música Dark Paradise de
uma de minhas cantoras preferidas e que reflete meu pensamento sobre como me
sinto sobre os lutos que enfrento.
"And there's no remedy for memory your
face
Is like a melody, it won't leave my head
Your soul is hunting me and telling me
That everything is fine
But I wish I was dead". Lana del Rey
(E não há remédio para memória, seu rosto
É como uma melodia, ele não vai sair da minha
mente
Sua alma está me assombrando e me dizendo
Que tudo está bem
Mas eu queria estar morta).
Homenageiem seus mortos, ao seu modo. Mas o
mais importante: estejam ao lado dos vivos, em especial daqueles que mais amam
e que sintam que precisam de vocês. Esse é o meu pedido de Dia de Finados.
Millie Colmán
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