O dia de hoje parece que amanheceu exclusivamente para mim. São por estes momentos de pretensão que sinto valer a pena viver. A camisola leve permitindo que o friozinho de 11 graus arrepiasse cada poro do meu corpo e os pés descalços no chão gelado me fizeram acordar que a vida a partir de agora é isso, os pés no chão.
Mas os pés no chão não são impedimento de voo ou, no mínimo, de imaginar borboletas voando ao meu redor e se emaranhando em meus cabelos. Ora, elas são o símbolo maior de metamorfose, transformação.
Aquilo que colhemos, plantamos. E eu abençoo infinitamente o dia que decidi meter medo no meu medo e abraçar essa coragem que surgiu de qualquer jeito, trazendo-me para o dia de hoje. Dia de novos rostos, novas descobertas, novas decepções (sim, elas também fazem parte da vida e é preciso ter consciência disso) e acima de tudo, novas perspectivas.
Só por hoje...
Não, mentira... Só daqui para diante permitam-me que a vida estenda seu tapete vermelho para passar com meus pés desnudos porque será com eles que darei um passo de cada vez para viver de maneiras diferentes cada desafio.
Eu sei que poderia dizer que no conhecimento ainda estou engatinhando, porém, desculpem-me, mas prefiro mesmo é estar de pé.
Meu desejo é que apesar de receios e ansiedades, todos possam um dia experimentar a sensação maravilhosa de sentir o início de um começo.
Meu ano começa oficialmente hoje.
Feliz 2016 para mim.
E para vocês também.
Mi F. Colmán